domingo, 11 de outubro de 2009

Santo Agostinho

<i>Santo Agostinho (354-430)

VIDA E OBRA: Um dos grandes santos da fé católica, Agostinho produziu, segundo ele próprio, inacreditáveis 230 obras. As mais conhecidas são sua autobiografia, as Confissões, em que narra sua vida pecaminosa e a descoberta de Deus, e a Cidade de Deus, sua descrição do reino divino.
Agostinho foi criado como um cristão por sua mãe na África do Norte, mas, na juventude, quando estudava em Cartago, ficou insatisfeito com a aparente simploriedade das escrituras cristãs. Em busca de uma religião digna de um filósofo, tornou-se seguidor dos maniqueístas, seita fundada pelo profeta Mani, crucificado na Pérsia em 277.
Embora, segundo suas Confissões, o tempo que passou em Cartago e nas proximidades, estudando e depois ensinando, tenha sido bastante licencioso, aos 18 anos, foi morar com a mãe de seu filho. Não se sabe porque nunca se casaram; talvez ela fosse ex-escrava, caso em que o casamento seria proibido pela lei romana. Em 384 a família mudou-se para a Itália, onde Agostinho entrou em contato com o neoplatonismo, que, vencendo sua relutância, ajudou a convencê-lo a se reconverter ao cristianismo em 386. Ele retornou à África do Norte em 391, agora preparado para uma vida de celibato, e tornou-se presbítero e, mais tarde, bispode Hipona. fundou uma comunidade de discípulos em sua cidade natal, Tagaste, na Numídia. Morreu em Hipona aos 75 anos, quando a cidade estava cercada por vândalos que, em seguida, a saquearam.
PRINCIPAIS IDEIAS: Agostinho abandonou a fé cristã inicial sobretudo por não poder compreender a ideia de um criador imaterial do universo material, e por sua incapacidade de lidar com os problemas do mal e do sofrimento. Esta última dificuldade surge da fé cristã de que seu Deus-criador é consciente, misericordioso e onipotente. Um ser assim teria conhecimento do mal em sua criação e seria tanto propenso a quanto capaz de eliminá-lo. O fato de não tê-lo feito pesa fortemente contra a sua existência.
Talvez não surpreenda, portanto, que o maniqueísmo tenha parecido de início mais satisfatório a Agostinho, pois caracteriza o universo em termos de luta entre o bem e o mal.
Mas o maniqueísmo não forneceu uma solução duradoura para a mente inquisitiva de Agostinho, e seus embates com as obras de Platão e Plotino ofereceram-lhe uma saída para essas dificuldades. A ideia neoplatônica de um mundo imaterial de ideias e do bem ou o uno como o princípio primeiro de todo ser dava lugar para um criador espiritual que é a causa de todas as coisas. Só Deus é inteiramente real; o mundo criado é menos real por estar diante dele. Ao mesmo tempo, Deus ilumina objetos de contemplação intelectual. Assim, enquanto os sentidos são uma fonte inconfiável de conhecimento, a compreensão genuína começa com a contemplação da própria mente e eleva-se gradualmente até a contemplação de Deus. Por fim, a verdadeira iluminação espiritual é alcançada através da união com Deus.
A concepção que Agostinho desenvolveu de pecado original - a queda - como fonte de sofrimento, condizente com o relato do Gênesis, tornou-se a concepção oficial da Igreja. A culpa de Adão é transmitida através das gerações, tornando-nos todos justamente puníveis.
Uma justificação do mal: A teodicéia de Agostinho continua sendo uma das maneiras mais engenhosas de lidar com o problema do mal. Tudo o que Deus criou é bom, e o mal só ocorre quando sua criação é corrompida. Assim, Deus não pode ser considerado resposável pela criação do mal, que decorre das ações livres de anjos e homens.

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